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Cara, gostei muito desse texto, muito mesmo. São assuntos nos quais penso com alguma frequência -- gente de quem peguei birra por um tweet feito 10 anos atrás e que na verdade agora são pessoas excelentes, mas que guardei um espaço reservado de ressentimento idiota por uma bobagem.

A gente precisa urgentemente acreditar que as pessoas mudam. Do contrário, estamos fudidos. A maioria dos brasileiros apoiou B17 em 2018, e se 60% dos brasileiros permanecerem assim, estamos todos lascados. Em menos escala, muita gente fez coisa idiota na adolescência ou na jovem-adultez e aprendeu com seus erros e mudou; é preciso estar aberto e aceitar que as pessoas mudam (nem sempre para melhor, claro). Mas a internet é uma máquina de trazer o pior de cada ser humano e de eternizar opiniões raivosas e impensadas.

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Acho que a internet dá vazão a um hábito muito nosso de classificar o mundo de forma maniqueísta. É mais um território pra isso. A diferença é a proporção que as coisas ganham, e a forma como as narrativas ficam registradas, alterando o esquecimento na forma como ele operava antes (?). Muitas coisas problemáticas nas redes, mas outras muito legais. E falando em coisas boas, muito obrigada pela indicação, feliz que a loucurinha que eu postei fez algum sentido por aí ❤️

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Eu amei muito esse texto e concordo com tudo. Do Twitter eu tenho fugido, porque ele me engole para um lado feio do mundo. Saio de lá sempre exausta e pessimista. Eu, que sou entusiasta da IA, acreditei na imagem do papa também porque o papa é pop e fiquei decepcionada porque não era, mas prefiro guardar sua imagem mais delirante. É isso, estamos na era do delírio.

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gostei muito do seu texto.

me lembrou deste aqui, que diz que na internet não tem presente nem futuro, que nela estamos sempre recombinando fragmentos do passado:

theconvivialsociety.substack.com/p/we-are-not-living-in-a-simulation

gostei também da expressão "adestrar essa percepção do tempo" ali no seu comentário e das mudanças no nosso esquecimento, que a carina falou. vou pensar nisso. obrigada!

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